terça-feira, 21 de julho de 2009

Sem Palavras e Nada Mais.



Sem palavras. Um aperto no peito, coração esmagado. Inquietação alegre-triste, tão incomum quanto o rir e chorar ao mesmo tempo. Não sabe ser-estar alegre ou triste, vive as duas coisas de maneira que lhe são estranhas. Não acostuma.
No exato momento de seu encontro com seus pensamentos confusos, ela chora. Suas lágrimas fluem como a correnteza de um rio. A noite que não estava fria faz o corpo dela tremer. Seria frio? Nervosismo. Está no auge do que consegue sentir em um momento único. Chora e sente ondas de tremor que invadem seu corpo como as batidas de um tambor..
Sente um enorme desejo de mergulhar em parte do que está sentindo. Arriscar sem medo do por vir. Jogar-se em direção ao incerto. Desconhecido. Livrar-se de parte do peso que ainda carrega sobre seus ombros doridos. Desconfundir-se. Mostrar-se. Valorizar-se. Milhões de possibilidades se jogam na mesa propondo as cartas do jogo que é sua vida.Rende-se às palavras.
De um lado silêncio, do outro, o amor. Confusão. Percebe-se mais nesses momentos. Enxerga suas diferenças, seu agir. Ela sabe. Ninguém mais precisa saber. Existe uma prece só sua. Desejos interiores e expectativas. Um punhado de sonhos em busca da realidade.
Sua desorganização diminui depois da euforia inicial. Cessar do choro. Invade-lhe uma alegria. Seu momento passou e agora resta que ela aproveite o que se foi em busca do que virá.
Liga o som. Coloca seu grito para fora e canta. Na música se refugia e cada nota é um pedaço de si que se recompõe. A madrugada avança. A tempestade passou. Ela dorme. Sim, amanhã é outro dia.


Ahowww
Déia

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